sábado, abril 04, 2009

Escolhas: ex ou não, eterno relacionar-se.

Tudo na vida se resume as escolhas que fazemos. Escolhas essas que nos leva direto a um relacionar-se com determinada escolha e, dali pra frente, colher o que plantamos. Colher os frutos de todas as nossas escolhas, muitas vezes, ex-escolhas, mas que já não podemos mais abrir mão. Está feito, já foi escolhido, plantado, colhido.
E, embora, leve toda uma vida de eternas colheitas do que escolhemos, mesmo sendo ex-escolhas, já não podemos mais nos desfazer delas. Terá de haver um modo de conviver, relacionar-se com todas as coisas que escolhemos. Nunca poderão ser ex-escolhas. Perpetuarão em nós, em nossos relacionamentos, seja conosco, com o outro ou com os outros. E estes, por sua vez, aparecerão em nossas vidas, igualmente, cheios de suas colheitas, podendo ser ex-escolhas ou ainda, simples, escolhas.
Resta-nos lembrar que todas as nossas escolhas serão, se já não são, os fatos, as pessoas que um dia iremos nos tornar. Lugares, pessoas, vida, escolhas, todas as nossas escolhas têm autonomia e poder de criar uma simbiose conosco, o que é natural que com o tempo se apropriem de nós e nós delas.
Portanto, escolher evoca um dilema, e, talvez, o mais intenso de todos, o dilema da escolha.
A despeito de muitas vezes esta escolha se configurar como uma dúvida entre uma pessoa e outra, um fazer ou outro, um ir ou vir, um falar ou calar, um ser ou não ser, é exatamente a dúvida, que mesmo incômoda, nos confere uma sensação de paralisia.
Por tudo isso, há de se permitir que a paralisia leve-nos a pensar melhor a respeito das escolhas, do confronto e da dinâmica do relacionar-se, para o resto de nossas vidas, com nossas ex-escolhas e escolhas, enfim, conosco.

3 comentários:

Silvio disse...

de ex-colhas em ex-colhas, escolhemos e não encolhemos ... pórque não há tempos que voltem, não há escolhas que não colhamos algo .. sempre estamos a escolher, e, depois de muitos divãs escolhidos, sabemos não sermos encolhidos ...somos acolhidos ... e acolhidos que somos, seguimos escolhendo, acolhendo, recolhendo ... e olando para trás sem torcer o pescoço, porque tornamo-nos visão de mosca que vê em diversos ângulos ...
eita escolha mais boa, porra!

Unknown disse...

Uma escolha gera uma onda de escolhas seguintes que a cada nova escolha se tornam ex-escolhas. Nesse emaranhado Deus traça sua colcha de retalhos da vida.
grande abraço
F.wil

Eloisa G. disse...

O meu irmão tem uma piada infame sobre ex coisas que não existem. As dele não servem pra mim, por serem preconceituosas, e sua não serve pra ele por ser filosófica. Mas vale a comparação, entre ex coisas que não existem, a escolha é uma delas.