sábado, fevereiro 04, 2012

Defeitos, desfeitos ou (já) feitos?

Nesse momento, eu mesma não tenho certeza de muitas coisas, mas tudo que sei a meu respeito é muito doloroso, senão feio demais. Assim, aqui chego para confessar-me e, quem sabe, me perdoar por todos os meus maiores defeitos... Defeitos, desfeitos ou já feitos... Defeito # 01. Sempre tive em elevada estima a minha própria opinião, baseada em todas as dores e êxitos que já vivi, e você, mais do que ninguém, foi vitima disso. Defeito # 02. Exijo um volume de atenção infinitamente superior a atenção que precisamos dar a um bebê recém nascido de parto prematuro. Defeito # 03. Na minha vida, sempre tive mais entusiasmo do que energia de verdade. Na minha empolgação e paixão diante de tudo que me envolvo, me acostumei a aceitar mais do que consigo dar conta (física e emocionalmente), o que me fez desmoronar por diversas vezes, com demonstrações bastante previsíveis de exaustão drástica, principalmente, no campo emocional. (Nesse momento era quando você virava o encarregado por "passar a vassoura" e catar os pedacinhos que havia sobrado de mim. Você entrava em cena para me recolher todas as vezes que eu enxergava, tarde demais, que já tinha me desintegrado). Defeito # 04. Aos olhos de todos sempre fui compreensiva; ao seu lado e em segredo fui orgulhosa, critica e intolerante e o que é ainda mil vezes pior, em conflito com você, sempre fui altamente covarde, nunca consegui ir adiante e fazer o que queria com medo de perder, abrir mão, do que achei ser minha única conquista positiva naquele momento (por pior que fosse, aos meus olhos, ainda era a melhor coisa que eu tinha - você)... Por tudo isso, eu me desculpo do fundo do meu coração. Mas, por último, se por todo esse tempo estive e ainda esteja insistindo em nós dois é porque sei que pior do que tudo isso que posso ter sido e feito, o meu defeito mais desonroso você talvez ainda venha a descobrir... Embora eu leve muuuuito tempo para chegar a esse ponto, assim que decido que alguém "is not worth", essa pessoa assim será pela vida toda - com demasiada frequência, eliminada para sempre, sem aviso prévio ou explicação, sem segunda chance - essa pessoa cai automaticamente de sua cadeira cativa no meu coração (onde não existem muitas). Por tudo isso é que eu ainda insisto tanto, assim como você insistiu cada vez que eu quis ir embora. Igualmente a você, quando eu desistir, desistirei convicta e para sempre. Mas, diferentemente de você, não suportarei conversar com você quando o momento já não for mais o mesmo ou o ideal para mim. Esse texto não e, de forma alguma, qualquer espécie de ameaça, mas apenas uma tentativa desumana (comigo mesma) de tentar justificar meu desespero insano em nos ver juntos outra vez... Talvez você esteja certo, e eu esteja apenas tendo que "me recolher" - meus próprios cacos - e, dessa vez, sozinha... Por ter me empolgado demais, apaixonado demais, mais uma vez, por algo que eu não me dei conta que nunca conseguiria dar conta - você.

Eu, Você e... Aquelas Canções

Não tenha medo de se magoar... Assim, você acaba nos magoando ainda mais... Não tenha medo de sofre, assim, você acaba nos fazendo sofrer muito mais. Por favor... Não desista, pois "eu não vim até aqui pra desistir agora" e, "amanhã, talvez, esse vendaval faça algum sentido", mesmo porque "se for pra sempre, seja breve, seja firme, seja leve, seja bravo, seja breve". Eu entendo o quanto racional e meticuloso você é, mas, dê uma chance a gente, só dessa vez, tente se arriscar, voar, ainda que seja de gaiola e tudo... Olha, "eu nunca olhei pros lados, pra não perder a direção, nem sentir meus passos", achava que agindo assim, "na marcha cega", talvez eu encontrasse uma razão, mas você me ensinou a olhar para os lados, me ensinou a "deixar o sol bater na cara" para que eu pudesse esquecer tudo que me fazia mal, para que meus desgostos se fossem... E agora? Será que você quer que "minhas lágrimas não caiam mais" e quer que eu me transforme em pó para você? Eu era assim, estava assim "minhas lágrimas já não caiam mais e eu já tinha me transformado em pó, meu futuro não me assustava ou me fazia correr para desprender o nó que amarrava minha garganta e trazia o vazio dê viver tão só" quando lhe encontrei, foi, então que "encontrei um sentido para a vida". Você "transformou o meu silêncio, que até então era mudo, naquelas canções", "que pareciam encontrar a razão" para todas as coisas... Mas, como sabemos, um dia a música acaba, "ao final, se cala frente ao tempo que não pára..." Então, por favor, não permita que sua "lucidez" cale a canção em meu coração antes do fim...

E não é que "a vida se junta nas separações"?!?!

Como li, recentemente, no livro de uma antiga, muito querida, amiga, (Letícia Torres) "a vida se junta nas separações". Por isso, cá estou eu de volta. Em meio a todas as minhas separações, tentando juntar a vida, o que restou dela e tudo que ainda falta viver dela.