quarta-feira, maio 17, 2006

Homens são todos iguais...

Tempo de descobertas...
Acredito que hoje, com quase três décadas vividas, sou para mim mesma meu maior desafio e contenho em mim mesma minhas maiores, mas nem sempre melhores descobertas a ser confrontadas.
É engraçado como venho passando grande parte da minha vida em busca de informações, ansiando, sedenta por respostas, por pessoas que me acrescentem, busco completude, plenitude, quero ser plena, estar cheia, completa e absoluta e, portanto, tal qual esse texto, venho passando a vida utilizando-me de atitudes “pleonásticas” (repetição da mesma idéia, usando palavras diferentes).
Essas atitudes pleonásticas são reveladas quando paro e percebo que durante essas mesmas quase três décadas vividas, apesar de ter estado com várias pessoas, pessoas diferentes, sempre estive com uma só pessoa, com a mesma pessoa.
Sim, porque mesmo com nomes, sobrenomes, endereços, aparências e signos diferentes, todos eles eram exatamente a mesma pessoa, com as mesmas necessidades, os mesmos defeitos, as mesmas qualidades e as mesmas frustrações.
Deve ser por isso que um chavão muito conhecido e repetido pelas mulheres é constantemente mencionado: “homens são todos iguais, só mudam de endereço”. E repetindo essa frase, como toda mulher, me toquei que só existe algo realmente em comum no meio de tantos homens iguais... EU, pois é, eu mesma. Eu realizei que não são os homens que são todos iguais e que só mudam de endereço, mas que sou eu que tenho sido a mesma, e que nem sempre tenho me esforçado o suficiente para mudar de endereço, estou sempre batendo nas mesmas portas, a procura dos mesmos homens, nos mesmos endereços...
E por que faço isso? Será que seria eu uma mulher “pleonástica” – sempre repetindo a mesma idéia, e apenas usando homens, isto é, nomes diferentes? Então qual seria a minha busca por respostas, se estou sempre buscando pela mesma plenitude? pela mesma completude? E se já sei que esta completude não me completa.
Descobri – descoberta esta não muito boa, mas ainda assim, muito boa - que nunca serei plena completa se não começar a buscar em mim mesma e agora mesmo, homens, pessoas diferentes.
Então descobri que não são os homens que são todos iguais, mas eu é que tenho sido, ao longo dos vários endereços por que passei, A MESMA.